São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 1997 |
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Traficante rouba ônibus e fecha lojas para ir a enterro no Rio
RONI LIMA
Apontado pela polícia como o líder do tráfico na favela, Edson da Conceição Nunes, 34, o Ed Pistola, foi morto anteontem pela PM. Seu corpo foi enterrado no final da tarde de ontem, no cemitério do Caju, na zona portuária. A informação sobre o suposto desvio do ônibus foi dada pelo tenente Edmilson, do 6º BPM (Batalhão de Polícia Militar). Segundo o tenente, moradores da favela relataram o incidente com o ônibus para PMs que, no final da tarde, foram ao local para averiguar a informação de que comerciantes continuavam sendo obrigados a fechar suas portas. Na manhã de ontem, um telefonema anônimo ao 6º BPM já informara que traficantes, para protestar contra a morte de Pistola, tinham dado ordem para comerciantes fecharem suas portas. Alguns chegaram a fechar. Para evitar o protesto forçado, o comandante do 6º BPM, tenente-coronel Jorge Lindolfo, enviou pela manhã 30 PMs ao morro. Segundo o tenente Edmilson, os soldados já tinham saído da favela na hora do suposto desvio do ônibus. Segundo a PM, Ed Pistola teria sido o responsável pelo assassinato, em 1994, de dois agentes do Exército que faziam um levantamento no morro. Desde então, para fugir do cerco policial, teria passado a maior parte do tempo fora do Rio. Agentes do 6º BPM receberam a informação de que Pistola teria voltado ao Rio para desfilar na escola de samba Vila Isabel. Anteontem, houve outro informe dando conta de que ele estaria nos Macacos. Vinte PMs subiram então a favela. Ao ser localizado, Pistola teria reagido a tiros e acabou sendo morto. Na operação, foram apreendidos um fuzil AK-47, uma submetralhadora Pisto-Uzzi, 120 trouxinhas e 200 gramas de maconha ensacada. Texto Anterior: Avião bate em árvore, mata 1 e fere 13 Próximo Texto: Bala perdida mata no Rio menina de 4 anos; Jet ski atropela 4 em represa de Votorantim Índice |
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