São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 1997
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CEF libera R$ 300 mi para a casa própria

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da CEF (Caixa Econômica Federal), Sérgio Cutolo, anunciou ontem a liberação de mais R$ 300 milhões em financiamentos habitacionais para a classe média.
Os recursos estarão disponíveis já neste mês. A expectativa é chamar mais 40 mil inscritos no programa Carta de Crédito.
Desses convocados, cerca de 10 mil deverão atender às exigências da CEF. Desde sua implantação, o programa Carta de Crédito já financiou R$ 800 milhões.
Foram contratadas 1.059 cartas de crédito. Outras 4.235, segundo a CEF, estão aguardando o último laudo técnico.
Benefícios
Para esses financiamentos, a CEF está liberando recursos próprios, resultado das liquidações antecipadas dos contratos do SFH (Sistema Financeiro da Habitação).
É que o governo criou alguns benefícios para os mutuários anteciparem a quitação dos contratos que têm prestações baixas, inferiores ao custo de manutenção do financiamento.
Normas
Na próxima semana, a CEF vai divulgar as normas para a liberação do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para a construção da casa própria.
No final do ano passado, o conselho curador do fundo aprovou o uso dos recursos do FGTS para construção. Anteriormente, o saque do FGTS só era permitido para compra da moradia pronta.
O saque só é permitido quando o mutuário já tiver um financiamento de terceiros, como banco, cooperativa ou a própria construtora.
Ainda não foi autorizada a liberação do saldo para a construção isolada, ou seja, para um trabalhador que está construindo sua casa com recursos próprios.
Benefícios
Na próxima semana, a CEF também vai anunciar novos benefícios para os mutuários quitarem seus contratos habitacionais.
Sérgio Cutolo disse que a intenção é atingir 140 mil mutuários que têm contratos com juros inferiores a 6% ao ano.
Essa é a taxa que a CEF paga ao FGTS. Quando o índice é menor, a CEF tem prejuízo.
Seguro alternativo
Um dos estímulos para atrair os mutuários será a concessão de um seguro alternativo ao imóvel.
Com a quitação, o mutuário perde a cobertura do seguro, por exemplo, em caso de incêndio.
Outro benefício será a redução das taxas de juros para a linha de crédito criada para financiar o pagamento do saldo devedor.
Atualmente, a CEF oferece empréstimos com prazo de pagamento de 24 meses e juros de 12% ao ano para quem quer quitar o imóvel, mas não tem dinheiro.
A intenção da CEF é manter o prazo de pagamento, com juros dos juros.

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