São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 1997
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Sem novidades

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

Pois bem, Michael Schumacher finalmente conseguiu derrubar John Barnard e conta agora com seu clubinho da Benetton mandando e desmandando nos sagrados corredores de Maranello.
E Alain Prost, por sua vez, finalmente conseguiu montar a tal equipe francesa, com apoio do governo Chirac, da Peugeot e sabe-se lá mais de quem.
Nada disso era inesperado. Quase tudo foi adiantado pela imprensa especializada.
Não há mais segredos na Fórmula 1.
Talvez pelo fato de as cifras envolvidas no evento serem astronômicas.
Acaba ficando difícil esconder alguma coisa.
Se as causas já são mais do que conhecidas, resta analisar os efeitos.
A Ferrari só não será campeã em 98 se alguma desgraça das grandes acontecer.
Schumi e seus amigos devem colocar um ponto final na bagunça italiana e até mesmo no desenrolar do campeonato deste ano deveremos sentir o dedo da dupla Brown/Byrne no carro vermelho.
Ganhar o campeonato já em 97, como já foi dito, vai depender muito da chuva e do desempenho de Frentzen ao lado de Villeneuve.
Agora, quanto a Prost, a coisa fica mais difícil.
Tudo bem, deve rolar um monte de dinheiro francês, tem a Peugeot, procurando herdar o espaço da Renault etc.
Mas será que vai dar certo?
Convenhamos, Prost é um dos maiores da história, mas pouco fez nos boxes da McLaren.
O carro, de fato, não ajudava.
Mas será importante prestar atenção em quem ele contratará.
Se for Barnard, pode esquecer.
Não que o mago tenha perdido os poderes.
Ele apenas perdeu o senso empresarial da coisa.

O jornalista José Henrique Mariante está na Alemanha como bolsista do IJP (Internationale Journalisten-Programme)

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