São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 1997 |
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Zé Celso faz de 'Juízo' um movimento Oficina tem apresentação amanhã DANIELA ROCHA
A idéia é chamar atenção das pessoas para as audiências promovidas pelo Ministério Público que seis atores do Oficina e o diretor estão tendo de participar no Fórum de Araraquara. A próxima acontecerá no dia 18, terça-feira. Os sete são acusados por um padre da cidade de vilipendiar (tratar de forma ofensiva) a eucaristia em cena de "Mistérios Gozosos", apresentada na cidade em 1995. "Queremos lançar um movimento e chamar a atenção das pessoas para essa forte onda moralista e fanática que estamos vivendo e que não acontece apenas em Araraquara", afirma Zé Celso. Com a bilheteria da apresentação de amanhã, o grupo deve fretar um ônibus para levar na terça-feira a Araraquara uma caravana de pessoas que apóiam o trabalho do Uzyna Uzona. Para Zé Celso, a peça de Artaud é oportuna porque trata exatamente da questão da liberdade. Em um trecho do espetáculo, Artaud diz: "Quando vocês tiverem feito um corpo sem órgãos, vão ter libertado o homem de todos seus 'auto-matismos' e terão lhe devolvido sua verdadeira e imortal liberdade. Aí vocês poderão lhe reensinar a dançar pelo avesso, como na loucura das danças de rua, e esse avesso será seu verdadeiro direito". Peça: Pra Dar um Fim no Juízo de Deus Quando: apresentação amanhã, às 21h Onde: teatro Oficina (r. Jaceguai, 520, centro, tel. 606-2818) Ingresso: R$ 10,00 Texto Anterior: Cohen faz tecno ao vivo no Hell's Club Próximo Texto: "Decote", sem o gênio de Nelson Rodrigues, é uma grande farsa Índice |
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