São Paulo, segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997
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Sobras de campanha

Uma norma da Câmara Municipal de Aracaju (SE) determina que a declaração de bens dos vereadores, além da publicação no "Diário Oficial", também deve ser lida no plenário.
Na posse dos eleitos em 96, Antônio Samarone (PT) exigiu que a norma fosse cumprida.
As declarações foram lidas. Até a de Samarone, na qual constavam uma casa, um carro e R$ 5 mil na caderneta de poupança.
Após a sessão, Samarone encontrou Fredão, um amigo que trabalhara em sua campanha.
Há dias, Fredão andava com algumas notas fiscais no bolso, de despesas de campanha de Samarone. Ainda não cobrara por ser o valor pequeno, não mais de R$ 100, e por achar que o vereador estava endividado.
Antes que Samarone dissesse qualquer coisa, Fredão sacou as notas fiscais do bolso e disparou:
- Eu ouvi a sua declaração de renda. E já que descobri que você tem uma cadernetinha, que tal pagar esse negócio aqui?

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