São Paulo, segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997 |
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Micros ajudam a combater o estresse
HEINAR MARACY
Apenas analisando uma série de luzinhas e sons, o bom médico sabia dizer imediatamente qual era o mal que os afligia. Se alguma tecnologia mostra hoje que os tempos do tricorder não estão tão longe assim, esta é a do biofeedback. Criado na década de 50 nos EUA, o biofeedback é um processo pelo qual um sinal biológico -temperatura do corpo, atividade muscular, batimento cardíaco ou ritmo da respiração- é captado por um sensor, enviado a um computador, amplificado e traduzido em gráficos e sons. Atualmente, o biofeedback é utilizado em diversos campos, como fisioterapia, ortopedia e psicologia, e aplicado em terapias de controle do estresse. Modelos portáteis Apesar de criado há mais de 30 anos, o biofeedback vem ganhando força e aceitação nos últimos tempos. Isso graças aos avanços da informática, que vem diversificando e barateando os equipamentos utilizados no processo. Hoje existem inúmeras companhias fabricando equipamentos de biofeedback, de modelos portáteis de US$ 300 até estações complexas capazes de analisar simultaneamente mais de 16 sinais do corpo. "O objetivo do biofeedback é fazer com que o paciente consiga lidar sozinho com seu problema, sem ficar dependente de um profissional", diz Juliane Verdi Haddad, psicóloga da Clínica de Controle de Stress e Biofeedback, de São Paulo. Segundo ela, é possível tratar diversas doenças psicossomáticas, como bruxismo (ranger de dentes durante o sono), anorexia (perda de apetite) e gastrites (inflamações do estômago), utilizando o biofeedback. Método simples Diagnosticado o problema, o paciente, sentado em uma confortável poltrona, é conectado a um computador por meio de sensores e pode ver na tela -ou ouvir por alto-falantes- sinais que correspondem a seu estado físico. O psicólogo ou fisioterapeuta vai ensinando ao paciente técnicas de relaxamento e controle de respiração. Quando o paciente consegue atingir um certo grau de relaxamento, um sinal luminoso ou sonoro indica que ele teve sucesso. O médico estabelece um novo patamar, até que o paciente consiga controlar funções específicas de seu corpo sem o uso de equipamentos ou o suporte do terapeuta. A última novidade em equipamentos de biofeedback são instrumentos portáteis, como os desenvolvidos pela NeuroDyne Medical, que podem ser utilizados pelo paciente em casa ou no escritório, para controlar o estresse. Com eles, o próprio paciente pode fazer seu treinamento. Existe até um modelo para crianças, que pode ser acoplado a um videogame SuperNintendo. Ele só permite o controle do joystick depois que o usuário atinge um determinado grau de relaxamento. Onde saber mais - Clínica de Controle de Stress e Biofeedback, tel. (011) 570-2480; NeuroDyne, http://www.neumed.com Próximo Texto: CellNet reduz preços de placas fax/modem; ArtBit faz promoção com cursos de férias; Fácil lança assinatura de programas jurídicos; Trend traz antivírus para redes intranets Índice |
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