São Paulo, segunda-feira, 17 de fevereiro de 1997 |
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Lanzarote é desafio vencido pelo homem
AZENI PASSOS
Todos que ali residiam sabiam que, naquele ano de 1730, a terra ia rugir, porém não acreditavam que fosse com tanta intensidade e insistência. Durante seis anos, até 1736, a erupção do Timanfaya transtornou a vida em Lanzarote. Mas seus habitantes sobreviveram à catástrofe. Em sua paisagem lunar, com mais de 300 vulcões, o trabalho do homem salta aos olhos do viajante como um verdadeiro milagre de séculos. Esse trabalho conseguiu frutificar uma terra inóspita. A ilha foi castigada novamente em 1824, quando houve nova erupção. Paraíso infernal Lanzarote é a ilha mais oriental do arquipélago canarino. De acordo com o censo de 1990, sua população é de 70 mil habitantes. São 80 km de paraíso passando pelo inferno. O viajante deve visitar o monumento ao Campesino e à Fertilidade (estrutura do arquiteto César Manrique). Seguindo a rota, você chega ao Parque Nacional de Timanfaya, que era fértil até as erupções. Hoje, há um deserto de lavas e vulcões em Lanzarote, que se abre com mais de 40 crateras. Algumas delas ainda conservam calor suficiente para acender tochas de madeira. Em Lanzarote, só as crateras mostram as pegadas do homem. Atravessando o barranco de Fogo, a partir do Mirador da Montanha Rajada, o visitante poderá contemplar as caprichosas formas da lava que chegam até o mar, em cuja parda e baixa superfície foram soterrados povos inteiros. No cume do maciço do Fogo, há um restaurante que propicia uma esplêndida vista panorâmica desse parque nacional. Texto Anterior: Tour percorre túnel vulcânico Próximo Texto: Nome é originário de navegador genovês Índice |
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