São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 1997![]() |
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Corinthians migra para poder treinar
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Com o Parque São Jorge em reforma e o centro de treinamento de Itaquera em más condições, o clube aproveitou a escala de jogos da Copa do Brasil e do Paulista para treinar fora de São Paulo. O primeiro treino da semana foi em Cuiabá, local da partida desta noite contra o Mixto. Como o Corinthians enfrentará o Araçatuba na quinta, a delegação seguirá direto para o interior do Estado, lá realizando o segundo treinamento da semana. O terceiro, na sexta, também poderá ser em Araçatuba. "Como estamos com problemas de campo, estudamos ficar um dia a mais em Araçatuba e treinar no interior", disse o técnico Nelsinho Batista, por telefone, de Cuiabá. No domingo, a equipe disputa clássico contra o São Paulo, no Morumbi. As providências Preocupado com a precariedade do local em que treina o Corinthians, o GAP (Grupo de Apoio à Presidência) está procurando parceria para bancar a reforma do centro de Itaquera. O local tem três campos, dois dos quais estão esburacados. O vestiário, com apenas dois chuveiros, não tem água quente. O principal problema, no entanto, é o assédio dos torcedores, que ficam ao lado do alambrado. Em duas ocasiões eles chegaram a ameaçar o meia Neto e o lateral André, obrigando os seguranças do Corinthians a chamar a polícia. Enquanto espera recursos do GAP, a diretoria iniciou a construção de muros para evitar a entrada da torcida e a reforma de um dos três gramados. A justificativa A falta de estrutura do clube é apontada pela comissão técnica e jogadores como responsável pelo mau início de temporada do time. "Nosso primeiro coletivo foi no Maracanã, quando pegamos o Flamengo", disse o técnico Nelsinho. "Temos melhorado a parte física, mas a chuva e as condições do centro de Itaquera não nos deixaram treinar o aspecto tático." No Torneio Rio-São Paulo, o Corinthians foi desclassificado logo na primeira fase. No Paulista, estreou com vitória contra a Inter, mas o empate contra o Mogi, na segunda rodada, provocou a ira da torcida, que chamou o treinador de "burro" e pediu mudanças no time. Para o atacante Túlio, substituído no segundo tempo contra o Mogi, a saída é receber ajuda dos companheiros de meio-campo. "Alguém precisa encostar mais, jogar ao meu lado", pediu. "Jogo enfiado mesmo, e sempre foi assim. Mas se continuar sozinho, não vai ser fácil." Segundo ele, o pequeno número de coletivos que o time fez também prejudicou. "Com tantos novatos, ninguém conhece ninguém." NA TV - SBT e ESPN/Brasil, ao vivo Próximo Texto: Atletas negam brigas internas Índice |
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