São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997
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Ecoturismo engorda renda de pecuaristas no Pantanal

Fazendas transformam suas sedes em hotéis e pousadas

MARCELO NEGROMONTE
ENVIADO ESPECIAL A CAMPO GRANDE

Pecuaristas do Pantanal sul-mato-grossense estão diversificando seus negócios com investimento no ecoturismo.
Para fugir da crise da pecuária, o fazendeiro Guilherme Rondon inaugurou, no ano passado, o Hotel Recanto Barra Mansa, à beira do rio Negro.
"A pecuária aqui é uma atividade antieconômica, pelo menos para os pequenos fazendeiros", afirma Guilherme, proprietário de cerca de 700 cabeças de nelore.
Segundo ele, não dá mais para sustentar a fazenda só com a criação de gado. "A logística da pecuária é muito cara nessa região."
Orlando Rondon, dono da centenária fazenda Rio Negro, decidiu investir no turismo ecológico há oito anos, abrindo a sede de sua propriedade para os hóspedes.
Proprietário de um paraíso ecológico de 10 mil ha e 3.000 cabeças de gado, Orlando Rondon afirma que até daria para manter a fazenda apenas com os negócios da pecuária.
"Mas se não tivéssemos a pousada, ficaria muito pesado manter a propriedade", diz.
Já o Refúgio Ecológico Caiman, a 240 km de Campo Grande (MS), ainda tem a pecuária como carro-chefe do seu faturamento.
"Cerca de 70% do faturamento bruto da fazenda vem da criação de gado", afirma Robert Betenson, gerente do Caiman.

LEIA MAIS sobre a pecuária no Pantanal na pág. 6-3

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