São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997
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Saneamento precisa de R$ 40 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Estudo do Ipea estima em R$ 40 bilhões os investimentos necessários para que o país resolva até 2010 o problema do saneamento básico. Segundo o Ipea, 38% das famílias brasileiras com renda até dois salários mínimos (R$ 224) não têm água potável em casa.
Os cálculos do Ipea foram feitos a partir de dados do último censo demográfico. Quando se analisa a situação das pessoas com renda acima de dez salários mínimos (R$ 1.120), esse índice cai para 1%.
Com os recursos estimados pelo estudo, seria possível resolver os problemas de água, rede de esgotos e tratamento dos esgotos.
A estimativa é do pesquisador Luiz Antonio de Andrade Baltar, coordenador do Projeto de Modernização do Setor Saneamento no Ipea. Em 95, as empresas estaduais de saneamento só arrecadaram sobre 55% da água produzida.
Se essas perdas fossem reduzidas de 45% para 20%, as 27 empresas estaduais poderiam ter US$ 1 bilhão a mais no seu resultado. Juntas, elas tiveram um faturamento de US$ 5,1 bilhões em 1995.
Um dos principais problemas da perda de receita, segundo Baltar, é a medição do consumo de água -30% das contas de água no país são calculadas com base em estimativas feitas pelos medidores.
Para tentar melhorar a infra-estrutura de saneamento, o Ipea vem desenvolvendo estudos com novas alternativas que poderiam ser adotadas pelos Estados. Algumas já foram adotadas em Santa Catarina, Bahia e Mato Grosso do Sul.

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