São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997 |
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O legítimo número 2
THALES DE MENEZES
Ali, descontrolado, fez um papelão e foi impotente para impedir o rebaixamento da equipe austríaca no torneio. No entanto, todos precisam dar o braço a torcer. Muster não conquistou mais de 40 títulos no circuito por acaso. No último domingo, venceu o Torneio de Dubai (em final transmitida pela ESPN) dando show. Muster é o rei do saibro. Em Dubai, jogou numa quadra sintética, um emborrachado muito rápido, que detesta. No entanto, em momento algum Muster pareceu pouco à vontade naquele piso. Na semifinal, travou uma batalha memorável contra o carrasco do Brasil na Davis, Jim Courier. Muster venceu por 2 sets a 1, de virada. O público delirou. Na final, ninguém colocava fé em Muster contra o croata Goran Ivanisevic. Nem o próprio Muster. "Não dá para quebrar o serviço de Goran nesse piso. O jeito é levar para o tie-break e tentar a sorte", disse. Com seu saque-canhão cada vez mais calibrado (chegou a disparar um segundo serviço a 201 km/h), Ivanisevic poderia liquidar a partida, mas Muster cresceu no fundo da quadra. No primeiro set, foi um autêntico paredão. Com devoluções perfeitas, conseguiu a aparentemente impossível quebra de serviço do rival e fechou em 7/5. No segundo, esnobou. Atacou o croata com bolas de ângulos inacreditáveis. Canhoto, Muster acerta seus golpes quando a bolinha está bem alta, jogando-a para baixo, como um drive agressivo de tênis de mesa. São rebatidas de grande beleza plástica e difíceis de responder. A vitória no tie-break no segundo set devolveu a Muster o segundo lugar do ranking mundial. Pelo que estão jogando as estrelas da raquete, esse é seu lugar de direito. Texto Anterior: Em Mogi Mirim Próximo Texto: Ainda Davis; Ranking da ATP; Ninguém segura Índice |
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