São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 1997 |
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REPERCUSSÃO Fernando Henrique Cardoso, presidente da República - "Reformador profundo, mobilizou quase uma quarta parte da população mundial na busca de uma organização social e econômica que propiciasse condições cada vez melhores de vida e progresso para seu povo." Bill Clinton, presidente dos EUA - "Ele foi a força que levou à frente a decisão da China de formalizar relações com os EUA. Sua longa vida acompanhou um século de turbulências, atribulações e notáveis mudanças na China. Estimulou o histórico programa de reformas que aumentou muito os padrões de vida no país." Taiwan - O governo enviou nota de condolências à família e pediu "uma nova era próspera, pacífica e de cooperação" com Pequim. John Major, primeiro-ministro do Reino Unido - "Lamentamos a morte de Deng Xiaoping. Suas iniciativas tiveram participação crucial na criação da China de hoje, seu sucesso e seu dinamismo econômico." Jacques Chirac, presidente da França - "Será lembrado pela história como o principal arquiteto das transformações da China nos últimos 20 anos." Kofi Annan, secretário-geral da ONU - "Deng Xiaoping será lembrado, não somente em seu país, mas na comunidade internacional, como o principal arquiteto da modernização e do dramático desenvolvimento econômico da China." Chris Patten, governador de Hong Kong - "Seu conceito sobre 'um país, dois sistemas' ajudou a tornar possíveis as negociações que lançaram os fundamentos da estabilidade e prosperidade para Hong Kong após 97." Mikhail Gorbatchov, último líder soviético - "Foi o pai da reforma chinesa, um homem que não ficou aferrado ao dogma e que representou as forças reformistas no PC chinês" Anistia Internacional, em nota oficial - "Deng será lembrado por ter iniciado a alavancagem do sistema econômico da China e sua consequente reforma legal. Mas seu legado também inclui uma bem azeitada máquina repressora." Harry Wu, ativista de direitos humanos e dissidente chinês - "Trata-se de um sistema imperial. Isso significa que haverá uma luta pelo poder. (Deng) era um criminoso e tinha as mãos manchadas de sangue." Roberto Campos, deputado federal (PPB-RJ) - "Suas qualidades fundamentais foram o pragmatismo e o realismo psicológico. O pragmatismo porque lançou como máxima 'aprender com a verdade dos fatos'. O realismo psicológico consistiu em lançar a ordem escandalosa do 'enriqueçam'. Deng percebeu que enriquecimento é estímulo à eficiência e recompensa pelo esforço, não um processo criminoso. Mas inverteu a sequência correta: abertura política e em seguida reforma econômica." João Amazonas, presidente nacional do PC do B - "Deng deu grande contribuição, após a morte de Mao Tse-tung, para defender o socialismo com peculiaridades chinesas e introduzir a China no caminho da modernização." Texto Anterior: Líder aprovou massacre de 89 Próximo Texto: Peru sabia de plano do MRTA, diz jornal Índice |
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