São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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Maior duração é aprovada

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os ambientalistas e especialistas em transportes ouvidos pela Folha foram unânimes em apoiar a adoção do rodízio como forma de tentar diminuir a poluição na Grande São Paulo no inverno.
Todos também concordaram em aumentar a duração do rodízio, que foi de apenas um mês no ano passado.
A maioria defendeu a adoção de quatro meses de rodízio, entre junho e setembro, como está previsto na proposta da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de SP.
Apenas o professor Pedro Taddei Neto, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), considerou a implementação de um rodízio de quatro meses um exagero.
"Um mês é pouco, mas quatro meses seria muito", disse Taddei Neto, 53, especialista em transportes e meio ambiente.
Para o arquiteto, um rodízio tão longo teria um impacto econômico muito grande. Por isso, ele é a favor de um rodízio de três meses.
A proposta do deputado Roberto Gouveia (PT-SP), de adotar o rodízio somente nos dias posteriores à detecção de índices elevados de poluição atmosférica, foi descartada pelos entrevistados.
Foi considerada impossível de ser implementada. "É um projeto de difícil execução", disse Pedro Jacobi, 47, vice-presidente do programa de pós-graduação de Ciências Ambientais da USP.
Ninguém é favorável à criação do selo verde. "Não se pode vender o direito de poluir", afirmou o ambientalista João Paulo Capobianco, 40.

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