São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997 |
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Metrô testa bilhete eletrônico em 90 dias
CRISPIM ALVES
Com o novo sistema, as atuais bilheterias serão desativadas gradativamente. As primeiras máquinas devem ser instaladas até o final do ano. O Metrô calcula que a implantação total do sistema custe cerca de US$ 3 milhões. Para viabilizar o projeto, que está em fase de desenvolvimento, a companhia está procurando parceria com a iniciativa privada. O edital de licitação, de acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, deve ser lançado até o próximo semestre. Com a implantação do novo sistema, o Metrô espera reduzir os constantes assaltos a suas bilheterias. Desde o início do ano, foram registrados 41 assaltos. Apenas em fevereiro, foram 21 casos. Em todo o ano passado, foram 101 ocorrências, sendo 25 em dezembro. Em 95, houve 30 roubos. Anteontem, o Sindicato dos Metroviários fez uma manifestação na estação Ana Rosa contra a falta de segurança e as más condições de trabalho. O presidente do sindicato, Pedro Augustinelli, ameaça iniciar paralisações de 15 minutos nas estações se o governo não apresentar um plano de melhorias em oito dias. Com a eliminação das atuais bilheterias, o Metrô avalia que o problema dos assaltos será resolvido, pois não haverá dinheiro circulando facilmente nas estações. Segundo a empresa, os funcionários que trabalham nas bilheterias serão reaproveitados em outros departamentos. Com a implantação do sistema eletrônico, o Metrô promete também uma maior agilidade, com a eliminação das atuais filas. Isso porque os smart-cards, além de poderem ser comprados nas máquinas instaladas nas estações, serão adquiridos em diversos pontos comerciais, como shopping centers, lojas de conveniência, supermercados e postos de gasolina, entre outros locais. A fase de testes vai servir para os usuários se familiarizarem com o novo sistema. Paralelamente, será feita uma ampla campanha de divulgação. Os testes serão feitos em poucas estações. O usuário que quiser já poderá usar a novidade. A utilização do smart-card é simples. De posse do cartão eletrônico, o usuário poderá usá-lo quantas vezes quiser. Basta carregá-lo de créditos, o que poderá ser feito, de acordo com o Metrô, na agência bancária onde o usuário tem conta corrente, por exemplo. O recarregamento do cartão também poderá ser feito nas máquinas eletrônicas nas estações. Texto Anterior: CPTran leva 47 a DPs Próximo Texto: SP registra 146,9 km de congestionamentos Índice |
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