São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997 |
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Metalúrgicos iniciam campanha salarial
FÁBIO ZANINI
Em três assembléias convocadas para o final da tarde pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), os trabalhadores começam a discutir as reivindicações. O principal ponto deverá ser a reposição da inflação acumulada desde abril do ano passado. O índice, segundo as primeiras estimativas dos sindicalistas, deverá ficar em torno de 8%. Outros pontos deverão incluir aumento real (índice ainda a ser definido), garantia do nível de emprego e redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. "Apesar de as negociações com os empresários não terem começado, já sabemos que essa campanha salarial deverá ser tão difícil quanto as anteriores", disse Luiz Marinho, presidente do sindicato. A última campanha salarial do sindicato ocorreu em novembro último, data-base de 90 mil trabalhadores das montadoras e empresas de autopeças. Uma greve da categoria chegou a ser deflagrada. Os empresários, que a princípio rejeitaram o reajuste, deram entre 10% e 12%. Plebiscito Marinho acusou os diretores dissidentes do sindicato de estarem "com medo" de participar de um plebiscito, proposto pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para decidir sobre a possibilidade de divisão na entidade. "Eles dizem que aceitam o plebiscito, mas colocam condições absurdas para a realização da consulta. É um comportamento de quem sabe que vai perder", disse. Os separatistas, que querem uma nova entidade para os metalúrgicos de Santo André e região, exigem a entrega de carros, gráficas e R$ 10 milhões supostamente roubados quando houve a unificação para aceitar o plebiscito. O líder dos dissidentes, José Tomaz Neto, afirmou que não abre mão da devolução do patrimônio antes do plebiscito. Texto Anterior: São Paulo tem verba para recuperar safra Próximo Texto: Governo de SP lançará câmara regional no ABC Índice |
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