São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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Julgamento do caso Senna corre risco de adiamento

LUCIA MARTINS
ENVIADA ESPECIAL A BOLONHA

O julgamento dos acusados pela morte do piloto brasileiro Ayrton Senna começou ontem em Imola (Itália) e já corre o risco de ter que ser adiado para que, pelo menos, parte do processo seja refeito.
O novo atraso do caso -o processo demorou mais de dois anos para ficar pronto- pode ocorrer se o juiz Antonio Costanzo considerar correta a reclamação feita pela defesa do desenhista-chefe da Williams, Adrian Newey.
Segundo o advogado Luigi Stortoni, o Ministério Público descumpriu a lei ao não notificar Newey de que ele era um dos suspeitos, como manda a legislação.
O desenhista-chefe da equipe do piloto brasileiro é um dos três acusados da Williams. Os outros dois são o próprio dono da escuderia, Frank Williams, e o diretor-técnico Patrick Head. Eles seriam responsáveis por um possível defeito na barra da direção do carro.
A outra causa da morte do piloto teria sido a negligência da equipe do circuito de Imola, local do acidente fatal em 1º de maio de 1994.
Por essa acusação respondem Federico Bendinelli e Giorgio Poggi, oficiais do circuito, e o diretor da prova, Roland Bruinseraede.
Os seis são acusados de homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Se condenados, podem pegar até sete anos de prisão.
Todo o julgamento vai ocorrer em um teatro cedido pela Prefeitura de Imola (cerca de 350 km de Roma), cidade onde Senna pilotava no GP de San Marino, quando bateu em um muro de concreto a 220 km/h, na curva Tamburello.
A morte do piloto foi anunciada horas depois no Hospital Maggiore, em Bolonha (40 km de Imola).

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