São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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Um bicho bem porcalhão

FERNANDO BONASSI
ESPECIAL PARA A FOLHINHA

Esta semana eu vi um filme sobre genética. Genética é aquela ciência que estuda como e por que a gente é assim parecido com os pais da gente...
A cada dia que passa, os cientistas percebem que tem pedacinhos de nós que são semelhantes aos mesmos pedacinhos do resto dos animais e, incrível, até das plantas!
Acontece que, na semana passada, um navio derrubou um monte de óleo no Uruguai, aí do lado, logo embaixo do mapa do Brasil. Lá vivia uma família de leões-marinhos e muitos deles morreram.
Aí, quando isso aconteceu, eu me lembrei do filme... Fiquei pensando que, já que a gente é tão parecida com tanta coisa diferente na natureza, quando morre um leão-marinho, morre um pouquinho de mim e de você também.
Tá certo que as fábricas e os carros precisam do óleo que os navios levam de um lado pro outro, mas eu não sei porque deixam cair tanta sujeira no mar.
O que eu sei é que estragar a casa daqueles leões-marinhos do Uruguai, que estavam lá descansando numa boa na praia, não tem desculpa! Essa é o tipo da coisa que só um bicho bem porcalhão, mais porcalhão que os porcos, só um bicho como o homem faz...

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