São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Funcionários são afastados

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor do hospital de Heliópolis, Abrão Rapoport, abriu ontem uma sindicância para apurar as denúncias.
A primeira medida da sindicância foi afastar 24 funcionários suspeitos de envolvimento com a fraude dos atestados de óbito.
Rapoport confirmou que foram emitidos atestados de óbito assinados por médicos que não trabalham no hospital, o que é irregular.
Por esse motivo, os 24 funcionários do hospital foram punidos.
Os funcionários afastados trabalhavam em três setores do hospital envolvidos com a emissão de atestados de óbito: zeladoria, admissão e alta.
"Eu vou enviar na segunda-feira a relação de todos os funcionários afastados e as fichas dos pacientes mortos para a polícia, que deve investigar essa denúncia", afirmou Rapoport.
O diretor afirmou que todos os atestados suspeitos de irregularidade são assinados por médicos de fora do hospital.
"É evidente que estamos diante de uma quadrilha com ramificações no hospital. Temos 2.500 funcionários. Nem todos são santos. Agora o caso é de responsabilidade da polícia", afirmou.
O diretor também afirmou que as suspeitas de adulteração da causa da morte e tráfico de órgãos no hospital serão apuradas pela sindicância instaurada ontem.
O resultado da sindicância instaurada pelo hospital será enviado ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), que decidirá as punições dos acusados.
Médico
Procurado pela Folha, o médico Herbert Martinez, acusado de ter assinado os atestados de óbito irregular, disse que não iria comentar as denúncias.

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