São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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CPMF frustra previsões para mais crédito à agricultura

ALEX RIBEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A expectativa de que a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) iria ampliar significativamente os recursos para empréstimos à agricultura acabou se frustrando, pelo menos em janeiro.
Segundo estimativa do ministro Arlindo Porto (Agricultura), a cobrança do novo imposto poderia ampliar em cerca de R$ 1 bilhão o dinheiro para a agricultura.
O ministro contava com a transferência de até R$ 12 bilhões de recursos dos fundos de curto prazo para as contas correntes.
O dinheiro sairia desses fundos de porque eles perderam a atratividade com o início da cobrança da CPMF. Em alguns casos, a aplicação tem "rendimento" negativo.
Para Porto, boa parte dos recursos que sairiam dos fundos de curto prazo poderia ser direcionados às contas correntes.
O dinheiro acabaria beneficiando a agricultura porque os bancos estão obrigados a destinar 25% dos depósitos das contas correntes a empréstimos para o setor.
Ontem, entretanto, o Banco Central divulgou relatório que mostra que a média dos saldos de conta corrente aumentou só R$ 1,528 bilhão em janeiro.
Esse acréscimo faz a média dos depósitos nos últimos três meses crescer cerca de R$ 800 milhões, o que significaria R$ 200 milhões adicionais para a agricultura. O aumento vai depender da continuidade da migração de recursos para as contas.

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