São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Ajuste alemão entra em fase crucial

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O chanceler Helmut Kohl afirmou ontem que levará adiante seu projeto de reforma fiscal, com ou sem consenso da oposição, que insiste em impor condições para negociar o ajuste.
Entretanto, um dos membros do conselho central do Bundesbank (banco central alemão), Ernst Welteke, manifestou seu ceticismo quanto à capacidade da Alemanha cumprir as metas de ajuste fiscal prescritas pelo Tratado de Maastricht (teto de 3% do PIB para o déficit público).
Numa entrevista ao "Frankfurter Rundschau", Welteke afirmou que compartilha das dúvidas recentes de especialistas quanto ao ajuste fiscal alemão. O ceticismo resulta do desemprego elevado, conjugado a uma queda na arrecadação e ao aumento dos gastos sociais. Em janeiro, o número de desempregados na Alemanha bateu o recorde desde a Segunda Guerra Mundial (12,2% da população economicamente ativa).
Mas, a três dias da cúpula do partido social-democrata, o principal da oposição, o chanceler Kohl reafirmou que apenas o ajuste fiscal será capaz de abrir espaço para superar essa conjuntura difícil. A partir de segunda-feira o governo vai reunir-se com a oposição para negociar um compromisso em torno de propostas de ajuste orçamentário. Kohl está propondo uma redução de impostos para reativar a economia.
Kohl qualificou de "idiotas úteis" os críticos que dentro da sua própria base de apoio censuraram recentemente as propostas de reforma fiscal.

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