São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Ballet do Municipal do Rio de Janeiro abre repertório

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma das companhias mais tradicionais do país, o Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro está abrindo seu repertório não só para obras contemporâneas, mas também para a produção brasileira.
No próximo dia 24 de abril, o elenco carioca estréia no Teatro Municipal do Rio um programa que reúne criações de Regina Miranda, Lia Rodrigues, Deborah Colker, Rodrigo Moreira e Dalal Achcar, além de uma remontagem de "Prelúdios", obra que projetou Rodrigo Pederneiras, do Grupo Corpo, em 1985.
Para o francês Jean-Yves Lormeau, atual diretor artístico da companhia, o novo programa representa um encontro com seis mundos distintos.
"Não coloco barreiras entre dança acadêmica ou moderna. A dança é uma só, o que muda são as escrituras coreográficas e os estilos", diz Lormeau.
"Assim como um balé como 'Giselle' pode estimular a criatividade do bailarino contemporâneo, também é importante conviver com a expressão de novos talentos, como Deborah Colker, cujos espetáculos têm uma pulsação e uma energia que me despertam interesse", acrescenta o diretor.
Ex-bailarino do Ballet da Ópera de Paris, onde encerrou no último dia 25 de dezembro uma carreira de 25 anos, Lormeau começou a dirigir o Ballet do Municipal do Rio no ano passado, a convite de Emílio Kalil, que preside a Fundação do Teatro Municipal carioca.
Disposto a desenvolver um repertório eclético junto aos bailarinos brasileiros, Lormeau também pretende produzir um programa dedicado a George Balanchine, com estréia prevista para maio.
Entre novembro e dezembro, o grupo retoma os clássicos, com remontagens de "La Sylphide" e "O Lago dos Cisnes".

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