São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Rivais colocam a credibilidade em jogo

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais do que a liderança do Grupo 2 do Paulista, o clássico de hoje entre Corinthians e São Paulo vale a credibilidade dos dois times.
Com sete pontos ganhos em três jogos, o Corinthians ainda não justificou em campo o investimento de R$ 18,7 milhões para a formação da equipe.
O jogo de hoje é considerado uma grande chance para a afirmação deste time milionário.
"É hora de mostrar serviço. Ficam falando que somos o dream team, mas nome não ganha jogo. É preciso ralar a bunda no chão se quisermos ganhar", disse o meia-atacante Marcelinho.
"Pressão sempre existe", disse o atacante Túlio, que não marca há três jogos e prometeu fazer o gol "urucubaca". "Mas é só vencer o clássico e o Túlio guardar o dele que tudo vira alegria."
Já o São Paulo sente-se na obrigação de vencer o rival para perder o "complexo de inferioridade".
Sem grandes investimentos, a equipe foi a única a vencer seus três primeiros jogos no Paulista e conquistar nove pontos.
Mesmo assim, encara o clássico como "prova de fogo" e "primeiro grande desafio".
"Se perdermos para o Corinthians, todos esquecerão as três primeiras vitórias. Não me entusiasmo com esse bom começo", disse o técnico Muricy Ramalho.
"Temos que vencer um clássico para trazer de vez a torcida para o nosso lado. Isso nos daria mais confiança", disse o volante Axel.
O São Paulo não vence o Corinthians desde 1994. O tabu diante do Palmeiras dura desde 1995.
Equilíbrio
Muricy entende que as duas equipes estão no mesmo nível atualmente.
"Em campo, o desempenho tem sido semelhante. Mas o Corinthians deve explodir a qualquer momento. Nossa realidade é outra. Estamos tentando formar um novo esquadrão", afirmou.
Depois de perder Renato Gaúcho, o São Paulo deve ficar também sem Edmundo.
Após as vendas de André, Muller e Catê e os empréstimos de Sandoval, Pedro Luiz e Uéslei, o São Paulo encheu seus cofres, mas não consegue trazer um "reforço de peso", como deseja o técnico.
(ARNALDO RIBEIRO)

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