São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 |
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Juventus serve de sparring do Palmeiras no Paulista
RODRIGO BUENO
Sparrings são os parceiros de treino dos pugilistas profissionais, cujo ofício resume-se, quase que exclusivamente, em apanhar. Por expulsões, convocação para a seleção e até mesmo opção do treinador, até agora o Palmeiras não havia entrado no "ringue" com sua força total. O Juventus será, portanto, o primeiro a experimentar o poderio palmeirense. Djalminha, Rincón, Luizão e Viola "trocarão golpes" com Japinha, Carlinhos, Nildo e Paulo Sérgio, além do goleiro Edervan. A contar pelos nomes, a defesa do Juventus, se não for nocauteada, sairá bem machucada do jogo. Gancho O meia Djalminha, que volta ao time após cumprir suspensão automática -o jogador foi expulso contra a Portuguesa-, prevê um grande combate, especialmente por parte de seu time. "Agora estamos mais fortes. O time tem vários bons jogadores e, se um não estiver bem, o outro pode decidir", disse. A vontade de arrasar os adversários, para Djalminha, é a razão pela qual a equipe teve três jogadores expulsos em três partidas: Cafu, ele próprio e Marquinhos -o terceiro, por ter levado cartão vermelho contra o América, não foi relacionado para a partida de hoje. "Não somos um time indisciplinado. O que acontece é que entramos com muita vontade de ganhar e, às vezes, exageramos", afirmou. A diferença entre os oponentes é grande. De um lado o Palmeiras, líder do Grupo 1 do Paulista com sete pontos. No outro canto, o Juventus, que conseguiu só um empate e duas derrotas no torneio. Cruzado O otimismo, que voltou de vez nesta semana ao Parque Antarctica, após as goleadas contra a Portuguesa (4 a 1) e o América (6 a 0), é talvez a única coisa que pode derrubar o Palmeiras -assim como Evander Holyfield fez com Mike Tyson no ano passado. Para tanto, os palmeirenses estão encarando o jogo com o Juventus como se fosse uma disputa pelo cinturão dos pesos-pesados. "O time deles sempre complica contra os grandes. Os jogos contra a Portuguesa e o América já acabaram. Essa é uma outra situação. E começa 0 a 0", disse, precavido, o técnico Márcio Araújo. Para o colombiano Rincón, que retorna ao time após defender a Colômbia nas eliminatórias para a Copa, uma vitória por pequena diferença de pontos já e o suficiente. "A torcida não pode esperar sempre por goleadas. Para mim, se vencermos o Juventus por 1 a 0, está muito bom", disse. NA TV - Globosat/Sport e TVA/ESPN Brasil, ao vivo, às 16h Texto Anterior: Negócio fechado Próximo Texto: FRASES Índice |
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