São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 |
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Artistas lideram ato por imigrantes
BETINA BERNARDES
A manifestação partiu às 15h da Gare de l'Est. Encabeçando o protesto, o cineasta Bertrand Tavernier, os atores Patrick Bruel e Emmanuelle Béart, o secretário nacional do Partido Comunista, Robert Hue, escritores e imigrantes ilegais. "Não podemos hierarquizar a origem de um protesto", disse Hue à Folha. "O governo dizia que não mexeria no projeto e já mudou um artigo. Tudo pode acontecer", afirmou. Uma grande confusão marcou o início da passeata. Centenas de fotógrafos e cinegrafistas se aglomeravam em frente a Tavernier, Bruel e Béart, e dificultavam o avanço. Em 25 minutos, os três andaram apenas 20 metros. Irritados, Tavernier e Bruel deixaram o local e seguiram por uma rua lateral. Seguidos pelos fotógrafos, eles gritavam: "O evento é lá (apontando para a avenida principal), fiquem lá." A manifestação ocupou toda a avenida ligando a Gare de l'Est à praça de la République e seguiria até a prefeitura de polícia. Mães levaram seus filhos, adolescentes colaram cartazes na cabeça com dizeres como "não ao racismo e à intolerância". Um grupo de atores, usando pernas de pau e malas de viagem, fez uma performance com fumaça e sons de metralhadora, evocando câmaras de gás e separação de familiares, e foram aplaudidos. Texto Anterior: Autor liga cultura a alianças mundiais Índice |
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