São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997 |
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Agora é tarde No final dos anos 20, o assunto de todas as rodas políticas em Afogados de Ingazeira, no interior de Pernambuco, era o nome que seria escolhido para interventor no município. Todas as apostas giravam em torno dos dois principais chefes políticos do local, Pedro Pires e Pocidônio. Ambos gozavam de prestígio e eram reconhecidos como lideranças legítimas. Mas Pocidônio parecia levar um ligeiro favoritismo. Certo dia, Pedro Pires procurou o rival. Queria propor um acordo: - Pocidônio, se você for o escolhido, me convida para seu secretário? A reação de Pocidônio não deixou margem para que a conversa continuasse. Levantou da cadeira e esbravejou: - Tá ficando louco? Dias depois, Pedro Pires foi escolhido interventor. O primeiro telegrama de felicitações que recebeu dizia: - Parabéns. Retiro a expressão. Assinado: Pocidônio. Texto Anterior: Cheiro de pizza; Pista livre; Mudança de guarda; Conexão policial; Dificuldades à vista; Tartaruga ecológica; Olho externo; Reforço oriental; Mistério de além mar; Não deu certo; Recuo tático; Declaração de guerra; Revolta na base; Desculpa de ocasião; Volta às origens; Visita à Folha Próximo Texto: Governistas esperam hoje ampliar apoio à reeleição Índice |
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