São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997 |
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Lerner nega irregularidade
DA AGÊNCIA FOLHA; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL O governador Jaime Lerner (PDT-PR) disse ontem que não houve irregularidade na emissão de debêntures da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), que receberam como garantia ações da própria estatal.Segundo ele, a emissão das debêntures está baseada em lei estadual que permite ao governo investir os recursos obtidos em qualquer setor, excluindo o pagamento da folha de pessoal e operações de custeio. Lerner disse que o dinheiro foi investido em obras e em educação. O senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator da CPI dos Precatórios, acusa Lerner de usar o dinheiro das debêntures para pagar pessoal, o que, segundo ele, consta no balanço de 96 do Estado. Ele disse ter informações de que foram emitidas R$ 100 milhões de debêntures da Banestado Leasing, intermediadas por um consórcio de corretoras liderado pela Boa Safra, envolvida nas negociações com os títulos de Santa Catarina. O Banestado informou que desconhece as operações. O secretário da Fazenda de Santa Catarina, Paulo Prisco, disse ontem que "não houve nada de irregular" na venda de debêntures da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina). Ele acusou o senador Vilson Kleinubing (PFL-SC) de estar querendo envolver o governo catarinense de "maneira irresponsável". Prisco disse que a operação resultou em investimentos em saúde, saneamento, transportes e segurança. Para o assessor do governo catarinense, Carlos Marchi, há motivação política na suspeita lançada contra a emissão de debêntures feita pelo Estado. Em nota, a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) afirma que suas debêntures são lançadas sem deságio e sob a coordenação de instituições de "primeira linha". Segundo a estatal paulista, os recursos captados foram usados pela companhia, "atendendo a legislação vigente". Texto Anterior: CRONOLOGIA Próximo Texto: Malan elogia senadores, mas descarta novas liquidações Índice |
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