São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 1997 |
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Regime automotivo pode mudar 2 pontos Negociação é com EUA DENISE CHRISPIM MARIN
Mas pode rever alguns dos seis pontos do regime automotivo -os mesmos que os Estados Unidos quiseram mudar no ano passado para diminuir as obrigações impostas às montadoras já instaladas no país. Pelo menos dois pontos poderiam ser alterados, segundo o governo, sem causar desequilíbrio no regime automotivo. Um deles é a vinculação das importações das montadoras locais ao valor de suas exportações. O outro é o índice de nacionalização, que obriga as montadoras a utilizar até 40% de peças importadas no processo de produção de veículos. Essa posição foi definida na rodada de consulta formal sobre o regime automotivo que ocorreu no último final de semana na sede da OMC (Organização Mundial de Comércio), em Genebra (Suíça). "Não, não creio (que a cota tarifária para caminhões seja adotada). As possibilidades são muito remotas", afirmou o ministro José Alfredo Graça Lima, diretor do Departamento Econômico do Itamaraty. Tarifa para importar A cota tarifária reduziria a tarifa de importação para determinada quantidade de caminhões durante o período de um ano. É a mesma fórmula que hoje beneficia montadoras de automóveis da União Européia, Japão e Coréia do Sul. Durante as negociações, Graça Lima afirmou que foi procurado por representantes da maior fabricante de caminhões dos EUA, a Navistar, e eles manifestaram interesse de se instalar no país. Se a pretensão virar realidade, a Navistar passaria a se beneficiar do regime automotivo. Com essa informação de Graça Lima, a reivindicação norte-americana perdeu força. Isso porque as maiores montadoras dos EUA -Ford, General Motors e Chrysler- já estão no país. São, portanto, favorecidas pelo regime automotivo, que concede reduções de tarifas na importação de veículos, matérias-primas e bens de capital. (DCM) Texto Anterior: Latinos querem impor diferenças Próximo Texto: EUA e Mercosul tentam definir limites Índice |
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