São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Novo cronograma; Disputa interna; Na contramão; Corda de salvação; Pano para manga; Reforma administrativa; Solidariedade tucana 1; Solidariedade tucana 2; De carona; Prioridade mineira; Sem oposição; Efeito colateral; Aliança pelo Sul; O mundo é dos répteis; Não vale nada; Ah, bom!

Novo cronograma
Antes de definir os nomes do PMDB para os Transportes e Justiça, FHC terá que arbitrar a disputa no PFL pela coordenação política. A função é cobiçada pelos grupos de ACM e do vice-presidente, Marco Maciel.

Disputa interna
A hipótese da ida de Jorge Bornhausen para a Articulação Política não agrada à ala baiana do PFL. Para barrar o catarinense, a idéia é mandar Luís Eduardo Magalhães para o ministério: não haveria lugar para os dois.

Na contramão
Pefelistas avaliam que Luís Eduardo não tem escolha e deve ir para o ministério. Ontem, o deputado insistia em dizer que recusará um eventual convite.

Corda de salvação
Rifado pelos senadores do PMDB, Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) articula os apoios de Michel Temer, Geddel Vieira Lima e Newton Cardoso para continuar no ministério.

Pano para manga
A CPI dos Títulos Públicos deverá prorrogar seus trabalhos por mais 45 dias, findo o prazo inicial, marcado para abril.

Reforma administrativa
De uma penada só, Heráclito Fortes (PFL-PI) demitiu 25 comissionados que encontrou na 1ª vice-presidência da Câmara. Para em seguida nomear outros 25 apadrinhados seus.

Solidariedade tucana 1
Convencido de que o PFL está tentando queimar o deputado José Aníbal (SP), o presidente do PSDB, Teotônio Vilela (AL), vai dizer a FHC que é o partido que reivindica a liderança do governo na Câmara. Nada pessoal.

Solidariedade tucana 2
Maldade pefelista: tão logo soube que Benito Gama (BA) chamara José Aníbal de moleque, Serjão ligou para pedir calma ao líder do governo na Câmara. "Calma Benito, o cargo é nosso, do PFL", teria dito.

De carona
Na esteira dos precatórios, os petistas Milton Temer (RJ) e Ivan Valente (SP) estão colhendo assinaturas para votar em urgência urgentíssima a convocação de uma CPI dos Bancos.

Prioridade mineira
Eduardo Azeredo quase se atrasou para a votação da emenda da reeleição. Ficou em Belo Horizonte até as 14h para acompanhar a assinatura do contrato entre o banco Excel e o América, de quem é torcedor roxo.

Sem oposição
O governo não espera mais problemas com Maluf. Pelo menos enquanto sua administração em São Paulo estiver na mira da CPI dos Precatórios. Ele já foi avisado pelos seus aliados no Senado para baixar a bola.

Efeito colateral
Além de prejudicar a reeleição, o governo teme que a CPI dos Precatórios respingue em Malan (Fazenda). Mesmo que indiretamente. O ministro foi presidente do BC à época de boa parte das operações investigadas.

Aliança pelo Sul
O PT estuda uma estratégia nacional a partir do RS. Tarso Genro seria candidato à sucessão de FHC, Olívio Dutra ao governo do Estado e Leonel Brizola ao Senado. Seria uma forma de barrar a reeleição de Antônio Britto.

O mundo é dos répteis
Diálogo ontem durante a discussão da emenda do petróleo. Roberto Campos (PPB-RJ): "A senhora é um dinossauro". Maria Conceição Tavares (PT-RJ): "Mas sou informada, e o senhor parece uma lagartixa".

Não vale nada
Do governador Divaldo Suruagy (PMDB-AL), sobre sua assinatura em documentos investigados pela CPI dos Precatórios: "A assinatura de chefes de Estado em documentos oficiais é ritualística, uma cerimônia".

Ah, bom!
Paulo Afonso (PMDB) nega ter ido 5 vezes à Suíça como afirmara o senador Amin (PPB-SC). Diz que, depois que assumiu o governo catarinense, só foi àquele país 2 vezes, participar do Fórum Mundial de Davos.

TIROTEIO
De Paulo Afonso (SC), sobre Amin (PPB) ter relacionado suas viagens à Suíça com a suposta remessa de dinheiro do escândalo dos precatórios para o exterior:
- São os senadores Amin e Kleinubing que devem explicar por que participaram do "Bloco das Seguradoras", que desfilou por Londres e Paris no Carnaval.

E-mail: painel@uol.com.br

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