São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Governadores receberão relatório

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relator da CPI dos Precatórios, Roberto Requião (PMDB-PR), disse que "até agora" não encontrou indícios que apontem o envolvimento de governadores e prefeitos nessas operações.
Ele disse que, antes de ser votado, o relatório será enviado aos governadores e prefeitos investigados para que possam se defender.
A CPI investiga os governos de São Paulo, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul e as prefeituras de São Paulo, Guarulhos (SP), Osasco (SP), Campinas (SP) e Goiânia (GO).
"Os mandatários (quem recebe mandato) serão ouvidos no final. Não tenho pressa nem estou interessado no espetáculo."
Apesar dessas declarações, nos bastidores há membros da CPI que consideram a possibilidade de pedir a quebra do sigilo telefônico de governadores e prefeitos.
Requião chegou a acusar ontem o governador do Paraná, Jaime Lerner, de ter injetado na montadora Renault parte do dinheiro obtido com a venda de debêntures lastreados em ações da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica). Ele apresentou, como suposta prova, um ofício que indica que a Paraná Investimentos S/A (empresa que negociou as debêntures) repassou ao tesouro estadual R$ 300,2 milhões.
Ontem, Requião criticou a Folha por ter publicado que ele tem concentrado as investigações no mercado financeiro e em funcionários do segundo escalão dos Estados e dos municípios.

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