São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Cargo causa choque entre PFL e PSDB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PMDB e o PPB foram os partidos que mais contribuíram para o aumento dos votos favoráveis à emenda da reeleição na votação em segundo turno. No total, 52 deputados mudaram de posição.
A adesão peemedebista somou 17 novos votos, e os pepebistas ajudaram o governo com oito votos a mais do que no primeiro turno.
Por orientação de senadores dos seus respectivos Estados, deputados do PMDB do Pará, Paraíba e Goiás resolveram apoiar a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Com a derrota do senador Iris Rezende (GO) na eleição para a presidência do Senado, a bancada do PMDB na Câmara não tinha mais motivo para pressionar o governo e votar contra a reeleição.
No primeiro turno, muitos peemedebistas tinham se posicionado contra ou tentado obstruir a votação em protesto à decisão de FHC de apoiar a candidatura do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que venceu a eleição.
No primeiro turno, três deputados paraibanos não registraram presença nem votaram. Ontem, votaram a favor.
Na bancada goiana, dez se declararam em obstrução na primeira votação e agora aderiram ao governo. No Pará, cinco parlamentares fizeram o mesmo.
A desistência do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PPB) de brigar pela rejeição da emenda fez com que os deputados do partido passassem a apoiar a reeleição.
A maioria dos 52 "vira-casacas" não votou no primeiro turno e agora votou a favor. Edson Queiroz (PPB-CE) votou contra no primeiro e a favor no segundo. Davi Silva (PPB-MA), Roberto Pessoa (PFL-CE) e Sandro Mabel (PMDB-GO) se abstiveram no primeiro turno e agora votaram sim.
Oito deputados votaram a favor no primeiro turno e ontem não compareceram para votar. Entre eles estava Eraldo Trindade (PPB-AP) que, na primeira votação, afirmou ter trocado seu voto pela manutenção de 6.000 servidores públicos em seu Estado. Também não compareceu o deputado Basílio Villani (PSDB-PR), que recentemente levou três deputados do PPB para o PSDB.

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