São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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Doleiros não pretendem depor na CPI

XICO SÁ
ENVIADO ESPECIAL A CIUDAD DEL ESTE

Em contato telefônico com amigos de casas de câmbio do Paraguai, doleiros da fraude dos precatórios disseram que pretendem "desaparecer" por muito tempo do território brasileiro.
Carmem Alonso de Javier, que recebeu cheques no valor de R$ 21,5 milhões da IBF Factoring disse, segundo um de seus amigos, que fez um trabalho técnico e não teria responsabilidade criminal sobre o caso. "Ela falou que estava em algum lugar deste país (Paraguai), mas não quis falar mais nada enquanto estiver na mira", contou Alberto Rodriguez, 32, cambista em Ciudad Del Este.
Rodriguez diz conhecer Carmem Javier há muito tempo e a defende: "Ela faz operações normais que todo mundo faz aqui na fronteira, não tem culpa se é procurada por políticos ladrões do Brasil".
Carmem Alonso, seu irmão Benício, Miguel Sosa e Holf Kramer são os nomes de doleiros revelados pela CPI com endereço e atuação em Foz de Iguaçu (PR). Os três primeiros, segundo os doleiros da região, são paraguaios. Apenas Kramer, brasileiro morto no último dia 30 por causa de um acidente, tinha residência no Paraná.

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