São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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SP e SC brigam por equipe de ponta

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

As cidades de Florianópolis (SC) e São Caetano (SP) estão na disputa para ter a equipe de vôlei do Chapecó, semifinalista da Superliga masculina com a segunda melhor campanha do torneio.
O Chapecó, oficialmente da cidade catarinense de mesmo nome, é o representante do Estado na Superliga, mas treina e manda seus jogos em São Caetano -a prefeitura local lhe cede ginásio e estrutura para manutenção da equipe.
Como a empresa que patrocina o time encontra dificuldades para manter o apoio na próxima temporada (leia texto abaixo), o grupo, liderado pelo técnico Renan Dal Zotto, discute com a prefeita de Florianópolis, Ângela Amin, a possibilidade de uma transferência para a capital catarinense.
Assim, o time poderia permanecer com a vaga de que Santa Catarina dispõe no torneio.
"A gente está batalhando para manter o mesmo grupo. Caso o Chapecó não continue, é a forma de não dissolver uma equipe competitiva", diz o atacante Carlão.
Mas, segundo o superintendente da Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis, João Rota Jr., a prefeitura deve funcionar apenas como "elo entre a equipe e as empresas interessadas em apoiá-la".
"A prefeitura não dispõe de ginásio para eles. Mas poderia conseguir em universidades, por exemplo. Em troca, teríamos um time e a possibilidade de desenvolver o vôlei em nosso Estado."
O concorrente
Casa do Chapecó nesta temporada, São Caetano tenta outra alternativa para manter os "órfãos".
Segundo Mauro Chekin, supervisor de esportes da cidade, há o plano para a montagem de uma equipe com esses jogadores, que seria, oficialmente, o representante da cidade na Superliga.
Nesse caso, o regulamento prevê que essa possível equipe dispute a vaga com o Palmeiras -penúltimo colocado deste ano-, porque São Paulo só pode ter seis representantes na Superliga.
"Dependemos de patrocínio para viabilizar o plano. A prefeitura não tem condições de, sozinha, arcar com uma equipe", diz Chekin.
A preferência
Uma possível transferência para Santa Catarina é bem vista pelos integrantes da equipe.
"A maioria dos jogadores está disposta a aceitar essa possibilidade", afirma Carlão.
"Só vamos tocar no assunto depois da Superliga. Pretendo morar em Santa Catarina um dia. Se a opção de ficar aqui (em São Paulo) for a melhor, não tem nenhum problema. ", diz o técnico Renan.

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