São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997 |
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Resultado sobre contaminação sai hoje
DA REPORTAGEM LOCAL E DA AGÊNCIA FOLHA O laudo do Instituto Adolfo Lutz, que vai determinar se havia contaminação com a bactéria que provoca o botulismo em palmitos da marca Gini, deve ficar pronto hoje.O lote de palmitos Gini com data de validade até outubro de 98 está sob suspeita de ter causado o doença em Melissa Miwahabu Castro, 21, que contraiu botulismo depois de comer palmitos. Ela está internada em estado grave desde o dia 14 na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Santos (litoral de São Paulo). A análise foi solicitada pelo CVS (Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde), depois que foi constatada a presença de toxina botulímica em uma embalagem do lote comercializada em Santos. O lote foi recolhido dos postos de venda pelo CVS. A ingestão de alimento contaminado pela toxina, que é resultante do metabolismo da bactéria Clostridium botulinun, causa o botulismo -intoxicação alimentar que provoca paralisia e pode levar à morte por asfixia. Melissa usa uma venda permanentemente porque os músculos da face paralisaram com seus olhos abertos. Com a remoção da venda, notou-se que ela teria conseguido mexer uma das pálpebras. Segundo o médico Alex Macedo, da Santa Casa, Melissa enfrenta a fase aguda da doença, que pode durar até quatro semanas. "Passando esse período, entra-se na fase da fisioterapia, quando tentamos recuperar os movimentos da paciente", afirmou o advogado, Família intoxicada Em São Bernardo (Grande São Paulo), a família do empresário Carlos Roberto Segatto, também internada com suspeita de botulismo, teve alta ontem do hospital São Bernardo. O exame de sangue realizado para detectar a doença vai ficar pronto na semana que vem. O diretor-presidente do hospital, Roberto Saad Jr., 47, disse que a família deverá passar por um acompanhamento ambulatorial até a chegada do resultado dos exames de sorologia. Segundo ele, a família passa bem e já não apresenta mais sintomas da doença. Texto Anterior: Ipiranga estuda óbitos de 1995 Próximo Texto: Empresário do Pará quer R$ 1 mi de indenização Índice |
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