São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997
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Mamonas ainda fazem falta

MÔNICA RODRIGUES COSTA
DA REDAÇÃO

Domingo vai fazer um ano que morreram os integrantes do grupo Mamonas Assassinas, em acidente de avião.
Dinho, Júlio, Bento, Sérgio e Samuel se vestiam de Chapolin, de He-Man, de mulher e até de prisioneiros.
Suas músicas falavam de um Robocop gay e eram cheias de gírias e palavrões. "Pelados em Santos", "Sabão Crá Crá", "Vira-Vira" encantavam as crianças e assustavam os pais. Alguns deles ficavam sem jeito de explicar o significado de tanta besteira.
Ainda hoje, muitas crianças sentem saudades dos Mamonas e ouvem seu disco, que vendeu, até o final de 96, 2,3 milhões de cópias.
Cantar com palavrão virou coisa normal, mesmo que o grupo não tenha sido o primeiro a fazer isso.
Morte dá lucro
Muitas empresas aproveitaram para ganhar dinheiro com a morte dos ídolos das crianças e dos jovens.
A Estrela lançou o "Pum Pum dos Mamonas", uma geleca que solta pum. O brinquedo vendeu 300 mil cópias até outubro de 1996.
O álbum com o grupo, da Panini Brasil, vendeu 250 mil exemplares e 20 milhões de envelopes de figurinhas.
Como tudo começou
E pensar que ninguém queria produzir o disco dos Mamonas. Um garoto de 16 anos, filho de um executivo da gravadora EMI, escutou a fita do grupo, enviada ao pai. Rafael a levou para a escola, todo mundo gostou e assim convenceu o pai a gravar o disco do grupo.
(MRC)

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