São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Exibição de 'Lista de Schindler' na TV provoca polêmica
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A fita de Steven Spielberg, que há três anos ganhou os mais importantes Oscar e a admiração consensual de artistas, críticos e espectadores, foi vista no domingo por estimadas 65 milhões de pessoas. A rede NBC estava sintonizada em 33,1% dos aparelhos de TV ligados entre as 19h30 e 23h nos EUA, equivalentes a 20,9% de todos os domicílios do país. Porta-vozes da Ford dizem que a empresa nunca recebeu quantidade de telefonemas, e-mails, faxes e cartas de congratulações do público similar à que se seguiu à exibição do filme. Os elogios eram tanto pela Ford ter patrocinado o programa quanto pela sua decisão de não interrompê-lo para anúncios. Mas as cenas com violência, nudez e palavrões provocaram a ira de parlamentares do Partido Republicano, de oposição, que condenaram a Ford e a NBC por terem permitido que elas fossem vistas num "horário familiar". Um deles, Tom Coburn, disse que "A Lista de Schindler" "polui as mentes das crianças, incita a mais violência, é um ultraje aos pais". Diversos de seus colegas do Partido Democrata, do governo, o contestaram e elogiaram a exibição do filme na TV. A apresentação de "A Lista de Schindler" na NBC foi precedida de uma apresentação do próprio Spielberg, durante a qual ele recomendava aos pais que não deixassem seus filhos pequenos assistirem ao programa. Spielberg disse que seu filho de sete anos ainda não havia visto o filme. "A Lista de Schindler" conta a história verdadeira de um empresário alemão que salvou a vida de cerca de mil judeus durante o Holocausto. No cinema, foi visto por cerca de 25 milhões de pessoas nos EUA e 100 milhões no exterior. Texto Anterior: Caymmi e Caetano conversam no filme Próximo Texto: Ridley Scott fará remake do clássico "Cidadão Kane" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |