São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997 |
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Álbum é pretensioso e sem equilíbrio
LUIZ ANTÔNIO RYFF
O problema é que, na maior parte do tempo, não consegue manter o equilíbrio. "Pop" reflete essa busca desesperada pela sobrevivência nas paradas de sucesso, pela aceitação da crítica e, se possível, uma tentativa de mostrar algum lado vanguardista. Convenhamos que é muita pretensão para um disco só e uma alquimia bem difícil de ser realizada. Não é que o disco seja ruim, mas não é homogêneo. A banda se arrisca a fazer algumas canções com influência da música eletrônica -estilo que, segundo alguns críticos, "apontaria o caminho do futuro música pop". É o caso de "Discothèque", que abre o disco, e das faixas seguintes, "Do You Feel Loved" e "Mofo". Foi uma aposta arriscada da banda. E que cheira a vanguardismo de butique. A questão é saber se o fã padrão do grupo aceita o flerte do grupo com a música eletrônica, que ainda é um estilo confinado a guetos em algumas partes do mundo e ignorado nas demais. Em suma, uma música que faz muito barulho com poucos seguidores -nem de longe comparáveis aos 15 milhões de fãs que compraram "The Joshua Tree" (87). Justamente para não perder seus milhões de fãs, a maior parte do novo disco mostra o U2 de sempre. Na parte mais tradicional há bons momentos, como "The Playboy Mansion", ou na balada "If God Will Send His Angels". (LAR) Disco: Pop Artista: U2 Lançamento: PolyGram Quanto: R$ 18 (o CD, em média) Texto Anterior: FAIXA A FAIXA Próximo Texto: Ex-líder dos Waterboys aposta no rock básico em disco solo Índice |
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