São Paulo, sábado, 1 de março de 1997
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Supermercados esperam vendas maiores

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os supermercados iniciam hoje o que esperam ser um dos melhores meses de vendas para o setor neste ano. Março é a grande esperança porque, além de o mês ter cinco sábados -os dias de maior movimento-, o setor aposta nas vendas da Páscoa.
E os consumidores não vão ter surpresas nos preços dos produtos específicos de Páscoa. José Sarrassini, da rede Luiz Tonin Cia. Ltda., que atua tanto no varejo quanto no atacado, diz que as vendas de produtos de Páscoa devem ser boas, uma vez que as indústrias do setor estão repassando os produtos sem alterações de preços em relação aos praticados em 96.
Gilberto Galan, diretor de assuntos corporativos da Philip Morris, que controla a Lacta, empresa líder no setor de chocolates, confirma a estabilidade nos preços.
Galan diz que a manutenção dos preços, na verdade, representa queda para os consumidores, uma vez que a inflação do período esteve próxima a 10%. Ele diz que a produção em escala maior e o repasse das reduções de custos na produção para os preços finais permitiram essa estabilidade.
Alta menor
A pesquisa semanal do Datafolha mostrou que os preços já estão subindo menos nos supermercados, após a forte puxada em janeiro e na primeira quinzena de fevereiro. Mesmo com os produtos mais caros, os consumidores não diminuíram o ritmo de compras.
O faturamento do setor no bimestre vai superar o de janeiro/fevereiro de 96, conforme as primeiras contas de algumas redes.
A pressão maior nos preços, que ocorreu principalmente nos produtos de higiene e limpeza, já passou. Sarrassini não crê em novos reajustes, uma vez que a reposição de estoques no varejo foi pequena.
Na última semana de fevereiro, os preços subiram 0,29% nos supermercados, contra 0,57% na anterior. No mês, o reajuste acumulado é de 1,96%. No ano o setor já reajustou seus preços em 3,9%.
Nos hipermercados a alta desta semana foi de 0,46% (0,87% na anterior). Em fevereiro o reajuste foi de 1,99% e, no ano, em 2,5%.

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