São Paulo, segunda-feira, 3 de março de 1997
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Operador da CSN vira camelô

DA SUCURSAL DO RIO

O mineiro Antônio de Souza Martins, 48, quatro filhos, camelô, é uma das vítimas da reviravolta ocorrida na CSN.
Demitido em 1991, durante os ajustes que antecederam a privatização da empresa, ele se viu desempregado após 11 anos de estabilidade e teve dificuldades para encontrar uma alternativa.
Com escolaridade até a 4ª série primária, o ex-operador de painel não conseguiu outro emprego.
Foi feirante e vendedor de caldo-de-cana até comprar com o que restava da indenização da CSN, em 1992, um ponto em um dos locais nos quais a Prefeitura de Volta Redonda organizou os vendedores ambulantes da cidade.
Hoje ele afirma que conseguiu uma certa estabilidade. Tira da barraca cerca de R$ 800 por mês, menos do que ele calcula que estaria ganhando na siderúrgica.
Mas o maior prejuízo, na avaliação do ex-operário, foi na educação dos filhos, três deles com idades entre 18 e 22 anos e nenhum com o 1º grau completo. Uma é doméstica, um faz biscates (trabalhos esporádicos) e outro o ajuda na barraca.
Somente a filha mais nova, de 16 anos, continua estudando, tendo concluído o 1º grau ano passado.

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