São Paulo, segunda-feira, 3 de março de 1997 |
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A hora da virada está próxima, gente
ALBERTO HELENA JR.
PS: Refiro-me, claro, à modernização do futebol, com os clubes-empresas e um calendário racional e cosmopolita. * A propósito, a eleição da Copa do Brasil como líder na preferência popular reforça a tese de que não somos um país de turno e returno. O mata-mata é o sistema mais próximo do anseio do nosso torcedor, que desenvolveu, em função da história dos clubes brasileiros, uma cultura peculiar em relação, por exemplo, ao europeu. Pelo menos, foi o que até agora nossos iluminados cartolas puderam oferecer como alternativa. E seu apelo está na expectativa da decisão permanentemente acesa, a cada rodada, a antítese das fórmulas adotadas costumeiramente, com longos períodos de jogos inconsequentes. Mas longe está do ideal, por exemplo, para um Campeonato Brasileiro disputado ao longo de seis/sete meses, digamos, pois o mata-mata é para torneio de tiro curto. Se a virtude está no meio, a solução também: entre o turno-returno e o mata-mata, está uma fórmula mágica, que mantém denso o clima de decisão por um longo período -dividam-se os 16 clubes em grupos de 4, que jogam entre si; os campeões dos grupos disputam o título do primeiro turno, do segundo e do terceiro (quantos couberem, com folga no calendário). Por fim, a grande decisão entre os campeões dos turnos. Ou a sagração de um só, se este for o vencedor de todos os turnos. (Ah, sim, para formação dos grupos, antes de cada turno, sorteio). Texto Anterior: Presença de público decepciona federação Próximo Texto: Ah, os números! Índice |
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