São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Comércio promete novo corte de juros

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Grandes redes de lojas se preparam para promover, neste mês e no próximo, nova rodada de redução dos juros ao consumidor.
A primeira ocorreu há duas semanas, quando o Mappin cortou os juros para 3,9% ao mês. Agora, outras redes se armam para seguir a mesma estratégia.
A tendência de usar os juros mais baixos como chamariz de vendas foi detectada pela Folha em mais quatro cadeias de lojas que respondem por cerca de 340 pontos de vendas espalhados pelo país.
O Pão de Açúcar, por exemplo, promete para este mês cobrar taxa ainda mais baixa que a do Mappin.
A Lojas Bernasconi já cortou em fevereiro de 6% para 5% os juros mensais cobrados dos clientes. E deve reduzir ainda mais -de 4,2% a 4,5%- até abril.
Luvirto Bernasconi, diretor, diz que o mercado está exigindo esse corte nos juros. "A venda não está tão fácil assim."
No Magazine Luiza, os juros variam de 4% a 6,8% ao mês. Eldo Moreno, diretor, diz que a rede estuda a redução desses percentuais e ainda outras ações para trazer consumidores às suas lojas.
O Ponto Frio, que cobra do cliente juros de 4% a 5% ao mês, também deve anunciar números menores neste mês. "A tendência é de os juros caírem", diz Albert Arar, diretor.
Na G. Aronson, a taxa de 5,5% ao mês deve cair já nesta semana. "É o que nos prometeu o Banco Cacique", diz Girsz Aronson, proprietário. Esse banco administra o crediário da G. Aronson.
A redução dos juros objetiva, se não aumentar, pelo menos manter o nível atual de vendas.
"Fevereiro já foi duro. Exigiu grandes promoções", diz Moreno. Ele conta que o Magazine Luiza fechou o mês passado com receita 18% maior do que a de igual mês do ano passado.
A Bernasconi faturou em fevereiro 12% a mais do que em igual período de 1996, mas a sua diretoria esperava crescimento de 25% para o período.
Na G. Aronson, praticamente houve empate de vendas. "A consumo está fraco tanto que a indústria nunca foi tão camarada como hoje", diz Aronson.

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