São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Século 21 terá competição entre 'cadeias'

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

A capacidade de dar a clientes, fornecedores e acionistas exatamente o que eles esperam será a grande diferença entre o sucesso e o fracasso nos negócios no século 21, segundo Napoleon Devia, diretor do Iacocca Institute, dos EUA.
"A competitividade vai se decidir pelas pessoas apoiadas na tecnologia e não ao contrário", diz Devia. O Iacocca Institute, fundado pelo empresário norte-americano Lee Iacocca, tem por objetivo assessorar empresas em busca de maior competitividade.
Além da disputa para atender às especificidades dos clientes, o líder em negócios das primeiras décadas do próximo século precisará estar pronto para negociar com diversas culturas, credos e raças para obter sucesso.
"Vai ser um mundo centrado nas relações", diz ele. Mas será mais do que isso. A competição, que no século 20 caracterizou-se por uma luta entre as grandes corporações, no próximo século será entre cadeias de empresas.
É uma consequência do processo de terceirização que se consolidou na década final do século atual. Com isso, as empresas vão passar a se unir para concorrer em cadeia contra outra cadeias.
Devia estará no país até amanhã para arregimentar participantes ao curso "A Aldeia Global para Futuros Líderes", a ser realizado de 23 de junho a 14 de agosto em Bethlehem, Pensilvânia.
O curso, ao custo de US$ 8.500 por pessoa, sem contar as passagens aéreas, tem como objetivo juntar cerca de cem estudantes universitários ou funcionários iniciantes de empresas, que atuem globalmente, para estudar como serão os negócios no próximo século. Para participar do curso é preciso ter entre 17 e 26 anos.

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