São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Artista soube clicar o óbvio
CELSO FIORAVANTE
Em seus curtos 42 anos de vida, conseguiu não apenas introduzir nas artes as manifestações de sexo homossexual, mas também dar-lhes elegância e fugir da vulgaridade pornográfica. Para ele, o corpo era o território onde o ser humano poderia atingir a liberdade absoluta de expressão, sem culpa ou repressão. "Eu estou trabalhando na tradição da arte. Para mim, sexo é um dos mais elevados atos artísticos", disse. Segundo Mapplethorpe, seus seres mitológicos, hermafroditas ou andróginos poderiam até ser vistos como extremos, mas nunca exclusivos ao seu meio. Habitam a literatura e a antiguidade clássica há milênios. Conseguiram sobreviver nas ruas de Nova York. Por que então a arte e a mentalidade burguesa deste fim de século teria o direito de ignorá-los? (CF) Texto Anterior: SP vê como viu Mapplethorpe Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |