São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Americanos são contra a clonagem humana

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A maioria dos norte-americanos é contra a clonagem de seres humanos, segundo pesquisa realizada pela revista "Time" e pela rede de TV CNN. Segundo a pesquisa, 93% dos americanos se opõem à clonagem, e 89% a consideram "moralmente inaceitável".
Estudo publicado na última quinta-feira na revista "Nature" descreve como cientistas escoceses conseguiram fazer o primeiro clone de animal, a ovelha Dolly, a partir de células de um animal adulto. A técnica poderia ser usada para fazer um clone humano.
Cerca de 45% dos entrevistados disseram ser a favor da clonagem de órgãos humanos, que poderiam ser usados em transplantes. Entretanto, 47% se mostraram contra esse tipo de clonagem.
Em todo o mundo, a notícia tem gerado protestos. A Organização Mundial da Saúde convocou uma reunião que terá como um dos temas principais "Dolly e suas consequências". A reunião deve acontecer em um mês.
A FDA, agência que regula alimentos e remédios nos EUA, lançou plano para regulamentar o uso de células e tecidos humanos em terapias médicas.
O plano, porém, não afeta o uso de sangue, medula óssea ou o transplante de órgãos, cujo uso já está regulamentado, mas sim o de sangue de cordão umbilical de recém-nascidos e células alteradas geneticamente.
Brasil
O presidente Fernando Henrique Cardoso solicitou ao Ministério da Ciência e Tecnologia que confirme se a Lei de Patentes, em vigor, proíbe a clonagem de seres humanos no Brasil.
Segundo o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, o governo quer uma "avaliação mais precisa" do assunto, embora o presidente entenda que a atual lei seja abrangente e traga essa proibição.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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