São Paulo, quarta-feira, 5 de março de 1997![]() |
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Êxito de Araújo atordoa Palmeiras
ARNALDO RIBEIRO
Eles confessam que não saberão o que fazer quando o técnico principal, Telê Santana, tiver condições de assumir a equipe, o que deve acontecer até o final deste mês. Em princípio, com a chegada de Telê, Márcio Araújo seria "rebaixado" para a função de auxiliar. Mas o bom desempenho do time sob o comando do interino e seu ótimo relacionamento com os atletas têm deixado os dirigentes em dúvida. Mais: Araújo não parece disposto a deixar o cargo. Depois da vitória contra o Santos, no último domingo, ele desabafou. "Não sou auxiliar. Sou técnico-adjunto. Já me sinto como técnico. Sei que ainda tenho muito a aprender com o Telê, mas chega uma hora que fica difícil recuar." Ao mesmo tempo, Telê, que se recupera de uma isquemia (má circulação de sangue) cerebral, se recusa a desempenhar outra função, como a de supervisor. "Eu fui contratado para ser técnico. É isso que sei fazer", afirmou. "O Márcio está indo muito bem. Tem mostrado personalidade. Gostaria que trabalhasse comigo, mas, se ele achar que é o momento para subir, que siga seu caminho." Ultimato Diante do impasse, as providências tomadas pelo Palmeiras e pela Parmalat, patrocinadora do clube, foram as seguintes: convocar uma reunião para discutir o assunto e enviar um médico do clube, Fernando Leopoldino, para Belo Horizonte, na sexta-feira. Lá, terá a missão de se inteirar sobre o estado de saúde de Telê e saber a previsão para sua volta. Em princípio, o clube pensa em manter o trato, que prevê Telê como técnico e Araújo como auxiliar. "Tentaremos administrar isso. O ideal é unir a experiência do Telê à versatilidade do Márcio. Montar uma dupla de sucesso, como Parreira e Zagallo na seleção de 94", disse Vicenzo Roma, gerente de esportes da Parmalat. "Os dois são importantes para o Palmeiras", disse Sebastião Lapolla, diretor de futebol do clube. A postura da diretoria, por enquanto, é de ameaça ao interino. "Márcio sabe do acerto que fizemos com Telê", disse Roma. "Não podemos ferir o que combinamos com o Telê. O Márcio fica à vontade para decidir sobre sua vida", afirmou Lapolla. Próximo Texto: Botafogo vira 'cobaia' hoje Índice |
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