São Paulo, quarta-feira, 5 de março de 1997 |
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Clinton proíbe verba federal para clonagem de humanos Presidente dos EUA pede suspensão temporária de experiências CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A medida amplia e torna mais específica proibição de 1994 que vetava a alocação de recursos do governo dos EUA para projetos que manipulem embriões humanos. A Comissão Nacional de Consulta Biotécnica recebeu na semana passada do presidente prazo de três meses para fazer recomendações a respeito do tema. Clinton afirmou acreditar que "cada vida humana é única, nascida de um milagre que vai muito além de um laboratório científico (...) e (que) devemos respeitar esse dom e resistir à tentação de nos replicarmos". Mas ele também reconheceu que a tecnologia de clonagem, aplicada a animais, células humanas e proteínas pode trazer "tremendos benefícios para a ciência, agricultura e medicina". Na opinião do presidente, o assunto pode ser comparado à utilização da energia nuclear e deve ser tratado com "cuidado e cautela". O Congresso dos EUA também está estudando a clonagem e pretende realizar audiências públicas com líderes religiosos e científicos. O diretor do Instituto Nacional de Saúde, Harold Varmus, um dos mais respeitados cientistas do país, diz que a noção de clonar um ser humano "é repugnante para a opinião pública norte-americana" e não deve ser aceita pela comunidade científica. Texto Anterior: Diplomata se diz inocente da morte de brasileira Próximo Texto: Pesquisadores fazem galo cantar como codorna Índice |
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