São Paulo, quarta-feira, 5 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

País é o mais pobre da Europa

DA REDAÇÃO

A iminência de uma guerra civil entre partidários do governo e da oposição na Albânia põe em risco a reconstrução do país após a ditadura stalinista. Apesar do esforço por investimento internacional, o país ainda é o mais pobre -e o menos conhecido- da Europa.
Entre 1978 e a abertura política, nos anos 90, a Albânia foi um país sem aliados internacionais. Os comunistas chegaram ao poder em 1944; em 1948, Enver Hoxha, o líder albanês, rompe com a vizinha Iugoslávia; em 1961, com a União Soviética; em 1978, com a China.
Na Constituição de 1976, por exemplo, o regime stalinista proibiu que o país aceitasse empréstimos externos, um erro grave em um país de poucos recursos. Quando Hoxha morreu, em 1985, seu sucessor, Ramiz Alia, devolveu todas as mensagens de condolências que chegaram da URSS. Estrangeiros eram proibidos de entrar no país, naquela época.
Ainda em 88, por exemplo, uma lei proibiu o batismo com nomes religiosos -recomendou outros, como Ylli (Estrela) ou Miri (Bom).
Mas, após a morte de Hoxha, o país começou a tomar algumas tímidas medidas liberalizantes. Foram abertas fronteiras com a Grécia e uma ferrovia até a Iugoslávia.
O país tem também a peculiaridade de ser, junto com a Bósnia e Turquia, um dos únicos na Europa com maioria muçulmana.
A Albânia foi território turco durante a maior parte deste milênio. Independente apenas em 1912, se tornou uma república em 1946.

Texto Anterior: ONU vê situação preocupante
Próximo Texto: Navio de Barba Negra é achado
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.