São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Endereços não existem

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A SMJT Assessoria Empresarial -usada para "lavar" R$ 12,6 milhões no esquema investigado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Precatórios- ficou em nome de Sergio Mounib Derneka até novembro do ano passado.
Pelo contrato de venda de 1º de julho de 1996, a SMJT foi vendida a Antonio Alves da Silva e a Antonio Noel Ferreira. O valor da transação equivale ao capital social da empresa: R$ 110 mil.
Mas de acordo com levantamento feito pela Folha, é difícil acreditar que o negócio tenha se concretizado. O número da casa indicada por Noel Pereira como seu endereço residencial simplesmente não existe.
Os endereços de Noel Pereira e Alves da Silva, registrados na Junta Comercial, não conferem. Os dois não foram localizados pela reportagem. Seriam operários da construção civil.
O endereço da SMJT também mudou, da casa do pai de Derneka, Mounib Derneka, a empresa foi transferida para três pequenas casas na rua Velasco Molina, número 2, no Jardim Benfica (zona leste de São Paulo).
Marilza Luci da Silva disse que ela mora lá há dois anos, com o marido Almires Gonçalves dos Reis e os dois filhos.
Marilza disse que nunca ouviu falar da SMJT, de Sergio Derneka ou de qualquer um dos outros nomes citados acima.
(SQ)

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