São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997 |
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Aprovada extinção do Banco de Alagoas Fechamento vai custar R$ 250 mi ao BC ARI CIPOLA
A decisão foi tomada na noite de anteontem, após o Ministério da Fazenda e o Banco Central ameaçarem liquidar extrajudicialmente o banco hoje, caso o governo alagoano não encontrasse uma solução financeira para a instituição. Hoje venceria o prazo de 2 anos e 45 dias do Regime de Administração Especial Temporária, nome técnico dado à intervenção do BC nos bancos estaduais. A solução faz com que o BC assuma a responsabilidade de investir cerca de R$ 250 milhões na extinção do banco. O dinheiro será financiado ao Estado, que terá prazo de 30 anos para quitar a dívida. O dinheiro será aplicado na devolução dos depósitos e aplicações dos clientes, no pagamento da dívida do Produban com o Banco Central e na indenização de funcionários. Prejuízos O banco vinha acumulando prejuízos. O Banco Central assumiu o controle do Produban quando a instituição passou a fazer operações de redesconto de R$ 23 milhões ao dia. Porém, nos últimos 30 dias, o redesconto do Produban teve uma média de R$ 150 milhões ao dia. "Tínhamos duas saídas. Na primeira, o BC financiaria 50% do rombo, e o Estado a outra metade. O que não se concretizou por falta de caixa do governo local. A segunda, na qual o BC financia tudo e elimina o trauma da liquidação, foi a única possível", afirmou Queiroz de Oliveira, ex-diretor de marketing do Produban. As portas das 23 agências do Produban passam a não abrir mais dentro de 40 dias. Nesse período, o Produban promete devolver os R$ 43 milhões em depósito e aplicações de seus clientes. Na nova estrutura, ficarão apenas 20 dos 886 funcionários do banco alagoano. A futura agência de desenvolvimento, que cuidará apenas de repasses federais e internacionais para obras no Estado, ainda não tem nome definido. Texto Anterior: O valor da Vale Próximo Texto: BNDES espera pelo menos dois consórcios na disputa da Vale Índice |
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