São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Entidades querem indenização para família de menores mortos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos defenderam na reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) uma proposta de indenização para as famílias dos adolescentes mortos nas duas últimas rebeliões do Instituto Padre Severino.
No Padre Severino (na Ilha do Governador, zona norte do Rio) vivem garotos suspeitos de praticar infrações criminais. Sete deles morreram queimados depois de um motim na noite de réveillon, e um corpo foi encontrado na piscina após uma rebelião no Carnaval.
A reunião aconteceu na última terça-feira, em Washington. Representantes do Human Rights Watch/Americas e do Cejil (Centro pela Justiça e Direito Internacional) querem que o governo brasileiro indenize as famílias dos 8 mortos e de mais de 20 feridos.
"As rebeliões revelaram as más condições de vida dos garotos. O governo brasileiro violou o direito à vida", afirmou Ariel Dulitzky, diretor-executivo do Cejil.
As ONGs pediram a abertura de uma investigação especial sobre as condições de internamento do Padre Severino e dos outros dois estabelecimentos para adolescentes infratores mantidos pela Secretaria da Justiça do Rio de Janeiro: as escolas João Luiz Alves e Santos Dumont, esta só para meninas.
Beatriz Galli, do Human Rights Watch, solicitou também a separação dos internos conforme a idade e a infração cometida.
Ontem a Comissão de Cidadania da Assembléia do Rio pediu à Secretaria da Justiça a transferência de parte dos internos do Padre Severino para outro local.

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