São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Viúva é torturada e morta nos Jardins

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A corretora de imóveis Maria de Lourdes Bitincof Masullo, 63, foi torturada e assassinada com três tiros na cabeça por três supostos assaltantes.
O crime aconteceu por volta das 23h30 de quarta-feira, na casa do filho de Maria de Lourdes, na esquina das ruas Turquia e Suíça, Jardim Europa, zona oeste de SP.
O zelador da casa, Valério Carneiro da Cunha, 22, levou um tiro na coxa direita, fingiu estar morto e conseguiu sobreviver.
Viúva havia cerca de um ano, Maria de Lourdes morava no Guarujá (87 km a sudeste de SP). Ela estava em São Paulo desde quarta-feira passada para esperar seu filho que chega da Europa.
Segundo o depoimento do zelador Cunha à polícia, por volta das 23h a campainha teria tocado e ele foi chamado para atender.
Ele abriu o portão da garagem, que dá acesso à rua Turquia, mas não havia ninguém. Quando voltava à casa, foi rendido por dois homens armados e encapuzados.
Cunha foi levado à cozinha, onde havia outro homem, loiro, alto e forte, chamado de Alemão.
Alemão teria ficado na cozinha. Os outros dois homens teriam subido ao segundo andar, onde estava Maria de Lourdes.
Os dois encapuzados teriam surpreendido a viúva na cama e amarrado seus braços e suas pernas.
"Eles gritavam para ela entregar as jóias e revelar onde estava o cofre. Ela dizia que não havia nada de valor na casa, mas eles não acreditavam", afirmou Cunha.
Os acusados teriam, então, torturado Maria de Lourdes com chutes nas pernas e na barriga e com coronhadas na cabeça.
Após ser agredida, a viúva foi amordaçada. Em seguida, os dois homens envolveram sua cabeça em três travesseiros e dispararam três tiros. Ela morreu na hora.
Cunha teria levado dois tiros: um atingiu sua coxa direita e outro passou ao lado de sua cabeça, acertando a parede.
Como os três não acharam jóias, fugiram em camionete S-10. Levaram TV, aparelho de som e forno de microondas. O carro foi deixado, com os produtos roubados, na alameda Lorena.

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